Existe uma frase linda da Adélia Prado que diz: "uma noite estrelada vale a dor do mundo". Leio esta frase e fico submersa. Tanta coisa vale a dor do mundo. Tanta coisa vale a dor do meu mundo. Nossos amigos, família, os amores que temos e tivemos. Nossas tardes na praia. Nossas festas, nossas gargalhadas. Quantas bocas, gostos, cheiros, frases, peles, abraços me valem e sempre me valerão as dores desse mundo? Eu não sou linear. Eu não sou uma pessoa terminada, eu não quero rótulos nem roteiros prontos, não há começo nem fim em mim. Eu existo. Não sou produto, sou só coração. Vivo em um meio que me parece eterno. Um meio que me faz escrever, ser e mudar a cada dia. Se eu começasse a escrever minha vida, seria assim: Percebe? Eu sei que sim. Eu sou reticências. Sou três pontinhos. Sou o não-dito. Sou emoção e desejo. Palavras são o meu antídoto. Anti-monotonia, anti mau-humor, anti todo o amor que não há. Mas e a vida? A vida, eu não sei. A vida, eu aceito. Aceito viver sem entender. Assim como aceito minha falta de jeito, minha eterna saudade e essa vontade de ser tantas e ter apenas um coração.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
MINHAS INCERTEZAS
Existe uma frase linda da Adélia Prado que diz: "uma noite estrelada vale a dor do mundo". Leio esta frase e fico submersa. Tanta coisa vale a dor do mundo. Tanta coisa vale a dor do meu mundo. Nossos amigos, família, os amores que temos e tivemos. Nossas tardes na praia. Nossas festas, nossas gargalhadas. Quantas bocas, gostos, cheiros, frases, peles, abraços me valem e sempre me valerão as dores desse mundo? Eu não sou linear. Eu não sou uma pessoa terminada, eu não quero rótulos nem roteiros prontos, não há começo nem fim em mim. Eu existo. Não sou produto, sou só coração. Vivo em um meio que me parece eterno. Um meio que me faz escrever, ser e mudar a cada dia. Se eu começasse a escrever minha vida, seria assim: Percebe? Eu sei que sim. Eu sou reticências. Sou três pontinhos. Sou o não-dito. Sou emoção e desejo. Palavras são o meu antídoto. Anti-monotonia, anti mau-humor, anti todo o amor que não há. Mas e a vida? A vida, eu não sei. A vida, eu aceito. Aceito viver sem entender. Assim como aceito minha falta de jeito, minha eterna saudade e essa vontade de ser tantas e ter apenas um coração.
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