sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O que fazer?

O que fazer quando não se sabe o que está sentindo? Quando tudo muda tão rapidamente que não damos conta de identificar o que está acontecendo em nosso íntimo?
...Dúvidas, confusão, indecisão, medo... Sim, medo é o que prevalece agora. Medo é o que tem me acompanhado com mais freqüência, com ele do meu lado acabo dando poucos passos, e todos com muita insegurança.
Até pouco tempo tudo parecia absolutamente igual, e não havia pretensão que fosse diferente, mas hoje o que há é uma necessidade de que o seja. Talvez já houvesse sinais de que tudo poderia mudar repentinamente, mas acho que eu me recusei a acreditar. Não me preparei para o novo, também não quis pensar nos desencontros, nas pessoas em que eu viria partir, e conseqüentemente, não me preparei para as perdas.
Hoje nada permanece como antes, pouco restou de mim. Hoje o que vejo é a vida sendo modificada mesmo quando eu não quero. O que encontro dentro de mim é um coração acelerado, ansioso, buscando um oásis. Por vezes se perdendo, por vezes se encontrando. Chorando as ausências que foram deixadas, esperando por novos motivos para sorrir, dando adeus aos “excessos” e acolhendo o que da vida não se pode jogar fora porque é essencial.
É estranho precisar seguir quando o que você mais quer é ficar. É difícil arrumar as desordens, jogar fora o que parece importante. É complexo ter que esquecer precisar seguir deixando algumas coisas que sabemos que nos farão falta, mas fazer o que? Nessa viagem louca da vida não há espaço para levarmos tudo. Algumas coisas já não servem para levar, já não cabem, ocupam muito espaço.
As vzs só nos resta aceitar que “ as folhas de outono não caem porque querem, mas porque é chegada a hora”...


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